O investimento na variedade é um dos principais atrativos, chegando a R$ 20 mil por ciclo
Ainda pouco conhecido pelos consumidores, o tomate grape ou tomate-uva vem se destacando pelo sabor adocicado e pelo formato. Em Colombo, o cultivo acontece desde 2005, e o produtor mostra interesse em cultivar esta nova espécie de tomate, que produz em média, cerca de seis a oito quilos por planta – a cada ciclo de oito meses.
O investimento na variedade também é um dos principais atrativos, chegando a R$ 20 mil. “O rendimento bruto médio é de R$ 100.000 por ciclo e contabilizando o investimento, para montar um módulo de estufa de 1.200 metros, de média tecnologia, que custa aproximadamente R$ 80.000 mil, o agricultor pode faturar aproximadamente 20 mil a cada oito meses”, explica o secretário de Agricultura e Abastecimento, Márcio Toniolo.
Segundo a engenheira agrônoma e representante da agroindústria Colombense, Michele Strapasson as orientações técnicas oferecidas pela secretaria de Agricultura e Abastecimento tanto para a empresa quanto aos produtores é muito importante. “Orientações sobre o cultivo, manejo, equipamentos, entre outras informações nos ajudam e incentivam na produção desta nova variedade de tomate”.
Cultivo do tomate grape
Os tomates do segmento grape são cultivados, principalmente, em estufas e contam com o método de segurança alimentar, ou seja, redução na utilização de agroquímicos e a utilização racional da água, devido ao sistema de fertirrigação via gotejo, o que visa também o controle de pragas.
“A utilização das estufas possibilitou ajustar o ambiente às plantas e, consequentemente, estender o período de produção para outras épocas do ano, mesmo as regiões com poucas condições à agricultura. Independentemente do verão chuvoso ou no inverno, o cultivo em ambiente protegido cresce rapidamente, tornando-se a principal hortaliça”, destaca o secretário.
Tipos de plantio
As instalações da estrutura, que podem ser metálica ou de madeira, e coberta com plásticos de tecnologia, facilita o efeito térmico do ambiente. “Assim, neste ambiente transplantamos as mudas em solo com canteiros preparados previamente com adubos e corretivos, e cobertos com ou não com filme plástico”, ressalta Michele.
Outra opção de plantio são os vasos com substratos inertes, utilizado principalmente quando o solo apresenta-se contaminado com pragas de raízes. “Assim, as raízes não entram em contato com as pragas e se reproduzem normalmente”, orienta o secretário.
Devido ao seu cultivo predominantemente em estufas, as condições climáticas não interferem diretamente na produção, sendo possível plantar o tomate no município durante quase todo o ano.
“Apenas em épocas de geadas que o plantio necessita de mais cuidados, pois o tomate não resiste a temperaturas muito baixas. Já em campo aberto, o clima de Colombo favorece apenas o cultivo, entre os meses de outubro a maio”, explica Michele.
Já colheita é realizada respeitando os prazos de carência dos produtos químicos utilizados. E quando o ciclo da cultura termina são retirados os restos da planta e realiza-se o tratamento de solo, com uso de fertilizantes orgânicos e químicos – se necessário, e corretivos.
“E novamente se prepara a estrutura para a implantação de outro ciclo. Já em relação ao tempo de colheita é bem superior a sistemas convencionais de cultivo de tomate em campo aberto, podendo chegar a oito meses”, enfatiza a engenheira agrônoma.
Para o alimento chegar à mesa do consumidor, é necessário desembolsar até cinco vezes a mais em comparação ao tomate convencional. “Um tomate a granel custa cerca de R$ 5,00 no mercado, já o grape pode chegar a R$ 25 reais o quilo”, compara o secretário.
Mais informações sobre o trabalho da prefeitura em:
FACEBOOK: facebook.com/pmdecolombo
Foto: Divulgação