Todos os acolhimentos acontecem de modo sigiloso, garantindo a privacidade da criança; os últimos dados apontam um crescimento no número de casos, até o mês de maio cerca de 75 denúncias foram feitas
A secretária de Assistência Social e a Assistente Social do município Elaine Scantamburlo.
A última segunda-feira, 18, foi marcada pelo Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, instituído pela Lei Federal nº 9.970 de 2000. No Brasil foram 17 mil casos de violência sexual contra crianças e adolescentes apenas em 2019.
Porém, esse número pode ser ainda maior devido à subnotificação e preconceito social. Em Colombo, os esforços para auxiliar as vítimas se fazem presentes nos diversos serviços oferecidos pela Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Assistência Social em parceria com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Secretaria de Saúde e a Secretaria da Educação.
Para a secretária de Assistência Social Maria da Silva Souza o diálogo entre pais e filhos é extremamente importante. “Estar próximo às nossas crianças, prestar atenção aos sinais que elas demonstram e alguns detalhes do dia a dia. O silêncio ou a agressividade podem ser um indicativo. Por isso, se perceber algum comportamento diferente converse, se precisar de ajuda nos procure, e denuncie”.
O período de isolamento em casa, devido a pandemia do novo Coronavírus – COVID – 19, preocupa as entidades protetoras. Como parte integrante da rede de proteção à infância e à adolescência, a Secretaria de Assistência Social ressalta que todos os atendimentos acontecem de modo sigiloso, garantindo assim a privacidade de cada criança ou adolescente.
Em caso de abuso ou exploração sexual de uma criança ou adolescente. Ou que envolva situação de risco denuncie e colabore para este combate. Ligue para: Assistência Social – (41) 3656-5379 / CREAS de Colombo – 3606-3506 ou no Plantão do Conselho Tutelar– (41) 98827-0836.
Em 2018, as Escutas Especializadas no município totalizaram 121, elas foram realizadas pelos canais da Assistência Social, Saúde e Educação do município. Já em 2019 foram 102 denúncias durante o ano, e também foram realizadas pelos mesmos canais do ano anterior. Os últimos dados divulgados apontam um crescimento no número de casos, até o mês de maio deste ano – 75 denúncias somente pela Assistência Social.
Atualmente, existem algumas maneiras de auxílio sendo, por exemplo, os acolhimentos com escuta qualificada feito pela Assistência Social. Já a Secretaria de Saúde realiza o tratamento especializado com psicólogos, a Educação costuma identificar o sinais e revelações de alunos, e a Segurança Pública e Justiça identifica e responsabiliza o agressor. Ao Conselho Tutelar cabe fazer o atendimento às vítimas e aplicar todas as medidas de proteção necessárias para afastar a criança ou adolescente da situação de risco.
Escuta Especializada
A Escuta Especializada é uma intervenção feita por um profissional qualificado. Deve ser realizada por órgãos da rede de proteção – Conselho Tutelar, CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), CRAS (Centros de Referência da Assistência Social), Unidades Básicas de Saúde e Escolas com o objetivo de acolher a vítima e a sua família.
“Além disso, é necessário buscar informações com profissionais que já atenderam a vítima para evitar procedimentos repetitivos e desnecessários” afirma a assistente Social Elaine Scantamburlo.
O depoimento especial é um meio de produção de prova em que a vítima vai ser ouvida por uma autoridade policial ou judiciária especializada. “Acontece de preferência uma única vez, sua realização não é obrigatória e não deve ser a única fonte de prova pois a criança e, o adolescente pode não querer prestá-lo” conclui Elaine.
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Foto: Ilson L. de Jesus/ PMC